quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ZAGA SESSIONS #1

Sessão que vai mostrar um bate bola rápido com pessoas que fazem a diferença no rock.




















Diego Xavier, guitarrista da banda Elísio, Ábrasa e Sin ayuda (nas horas vagas)

Diego Xavier, 24 anos, reside em São jose dos campos e  já perdeu a conta de quanto dinheiro gastou com ensaios e gravações em estúdios espalhados pelo Vale do Paraíba e São Paulo. Correndo contra o tempo, agora Diego faz ao contrario, divide o seu tempo entre seu trabalho legal, suas duas bandas (Elísio e Ábrasa) e seu mais novo Home Studio chamado carinhosamente de Wasabi, nome forte como o da raiz na qual faz referencia.


Porque montar um Home Studio hoje em dia?


Primeiro porque todo musico é louco. Brincadeira. Na verdade é a necessidade mesmo. Em todos os estúdios que ensaiava eu sentia a necessidade de alguma coisa. Da mais simples como água, até coisas que todo estúdio deveriam ter, como pele extras de bateria, cabos e etc. São coisas que necessitam de um investimento maior (peles de bateria são caras, cabos, afinador etc.), mas que no final, fazem toda a diferença pro cliente do estúdio, pois ele não precisa esquentar a cabeça com isso. O outro motivo é pra eu ter mais liberdade pra criação das minhas próprias músicas, bem como os amigos que estiverem dispostos a trabalhar comigo. O custo pra se gravar num estúdio de bom nível, muitas vezes é alto pra maioria das pessoas, desencorajando a pessoa a gravar suas criações. Muito do que se deseja de um grande estúdio, pode-se ser emulado, ultimamente quase que perfeitamente, num home estúdio com um custo muito menor e um atendimento mais caseiro e amigável.

Como é o processo de montagem? O que se compra primeiro para que as produções possam ser iniciadas?


Primeiramente um computador e um microfone. Com isso já dá pra começar a fazer muita coisa lo-fi ou rascunhos. Eu comecei assim, e foi assim que fui aprendendo o pouco que sei hoje, mas que já é de muita valia. O home Studio vai mais do propósito e da intenção do que se quer fazer, pra depois comprar. Antes eu apenas gravava esboços de letras e musicas pra não esquecer. Com o tempo quis fazer pré-produções e ensaios em casa. Ai tive que investir numa mesa de som, uma boa placa de som e um par de monitores. Logo vou querer fazer gravações mais aprimoradas, aí investirei em outros itens. O lema do home Studio é o DIY (Do it yourself – Faça você mesmo) e conseguir o melhor resultado com o que você tem a seu dispor. Pois era assim que funcionava no começo da historia das gravações também. É tudo  experimentação, aprimoração e evolução de aprendizado, bem como de seu setup de equipamentos

E qual é o custo beneficio?

Pra mim foi grande. Posso dizer que em seis meses vou recuperar o investimento. Passei a ensaiar bem menos em outros estúdios... Somente antes de um show, ou se eu quero mesmo tocar bem ALTO! De resto, posso fazer a vontade, sem limite de tempo, em minha própria casa... Pra mim valeu muito a pena.

Quais as facilidades e tecnologias para obter um trabalho considerável em meu próprio estúdio?


Hoje em dia são muitas. Muitos dos novos produtos em diversos setores são totalmente voltados para home Studio. Facilitando a vida de quem quer começar. Existem muitas placas off board de som que já vem com o software e são prontas pra gravar 2 canais por exemplo. Com pouco investimento se pode encontrar bons equipamentos novos que supram a sua necessidade inicial.

Como é possível obter os equipamentos (o que você fez pra obter, internet? importou?)


A dica é: pesquise. A Internet lhe proporciona um monte de opiniões e resenhas dos equipamentos. Procure vídeos pra ver como funciona o equipamento em si. Leia bastante. Aí sim, decidindo o que se quer comprar, você pesquisa onde vai comprar.

Os meus eu comprei basicamente tudo na internet. Os preços são mais em conta e não tem vendedor pra te passar a perna. Mas teve caso em que comprei na internet e fui buscar em SP pra fugir do frete.


O sentimento de música sincera pra você

Musica sincera é tudo. Com a decadência da industria e com cada vez mais musica enlatada tocando nas rádios, a busca pela musica da alma, sincera, feita com amor, é um ciclo. Só não acha quem não procura. O independente nacional é riquíssimo. E é o que eu busco fazer. Não quero ser famoso, nem muito menos viver disso. Eu penso que isso é consequência de um bom trabalho. Então procuro fazer, e ouvir, musicas que traspassam esse sentimento. De pessoas iguais a mim, que amam a musica, e não satisfeitos com o que tem atualmente, produzem as suas próprias musicas, e curtem as musicas de pessoas exatamente com o mesmo propósito.

AMOSTRA GRÁTIS

http://www.blogger.com/projetoabrasa/videos/video/107054568

�brasa


Vídeo do Myspace


Elísio


Elísio + Sin ayuda



Hasta!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O acordar do gigante adormecido

Ano de copa do mundo é aquela euforia, em dia de jogo da seleção nacional se para de trabalhar, os bares lotam e assim enquanto o Brasil for ganhando os jogos à torcida canarinho é sua melhor amiga. Mas, é só perder que a Vuvuzela que existe em cada um começa a berrar.

Imagina-se o Kaká, nossa maior esperança para essa copa do mundo pegas-se a bola no meio de campo com as mãos e só a passasse para trás ou para lado? Ou melhor, só parasse lá dentro do gol adversário com a bola? É, ele estaria jogando Rugby.

Derivado do futebol, o Rugby foi criado na Inglaterra por volta de 1820, e segundo a lenda mais famosa de como apareceu o esporte, foi de uma jogada irregular, numa partida de futebol em que um jogador do Colégio que se cha-mava Rugby, pegou a bola com as mãos e a levou até a linha de fundo do campo adversário.

Primeiramente associado à Football Association o Rugby passou quase uma década sendo o mesmo que o futebol, com 21 clubes unificando, e as regras das principais vertentes do futebol da Inglaterra. O Rubgy só em janeiro de 1871 após um desentendimento envolvendo o clube de futebol Blackheath que queria a retirada de duas regras, e uma delas era sobre carregar a bola com as mãos. Foi então formada a Rugby Football Union, que numa reunião com representantes de 21 times tiveram a idéia de emancipar e fazer o Rugby andar com as próprias pernas.


No Vale do Paraíba e Litoral norte por mais que as pessoas não saibam o que é Rugby, existem três equipes muito ativas e competitivas, a principal é o time da cidade de São Jose dos Campos, principal equipe do país, diversas vezes campeã paulista e brasileira, além de ter muitos resultados importantes fora do Brasil. E não é só o time de São José, o time do Jacareí, de Ilhabela e o time de Taubaté têm destaque no cenário brasileiro. “Todos os três foram fundados com a presença e trabalho de jogadores do São Jose, por isso apresentam es-pírito e técnica de jogo, baseados no time de São José” conta Gerson de Frei-tas Junior, capitão do time de Rugby da cidade Taubaté, prática o esporte a 9 anos, complementa, que a falta de apoio para o esporte no Brasil ainda é uma realidade; “Falta apoio de empresas, de instituições públicas e da mídia, pois mesmo com tantas vitórias e títulos, ainda é difícil conseguir campos de jogo, espaço para trabalho de base e transporte”.


No Brasil existe uma federação organizada e filiada ao Comitê Olímpico Brasi-leiro, a CBRU (Confederação Brasileira de Rugby, antiga ABR) que é o órgão máximo do Rugby nacional, mas existem também as federações estaduais, como a Federação Paulista de Rugby ou a Liga Paulista de Rugby do Interior, à qual o Taubaté Rugby é filiado. Há algumas instituições de apoio também.

Como são poucos os eventos midiáticos envolvendo o Rugby brasileiro, a pro-cura pelo esporte aqui em nossa cidade ainda é mediana, o contato é feito, mas poucos são os que ficam para somar com o time.

O time de Taubaté que existe desde novembro de 2008, quando foi feita a pri-meira reunião de fundação, já treinava desde junho do mesmo ano, portanto, o time tem um ano e oito meses, embora todos os times realizem trabalho social, principalmente com crianças, ainda é muito comum que o dinheiro seja do bolso dos próprios atletas. O patrocínio depende muito da regularização dos clubes, mas mesmo assim é muito restrito. A torcida é pequena, com muitos familiares, pois a divulgação quase não existe, ainda que o número de pessoas interessadas esteja aumentando. Para o crescimento e consolidação, são fundamentais algumas medidas para que o Rugby possa ter mais ênfase na vida do brasileiro, como: inserir o esporte em escolas públicas e privadas, adequar espaços para a prática, as bolas devem ser vendidas em lojas de acesso fácil, e ainda, a divulgação regular pela mídia. Estas são medidas importantes para que a popularização desse esporte possa ter êxito.


Em países como a Argentina, o Chile e o Uruguai, apenas para citar os nossos vizinhos, o Rugby é tradicional, sendo praticado desde a infância, em clubes e campos de várzea espalhados por todos os lugares. Aqui no Brasil, á muita dificuldade de conseguir espaço adequado para a prática. Nos países britâni-cos, na França, na África do Sul e nos países do Pacífico, o Rugby é muito praticado em escolas e ajuda na formação dos cidadãos, já que preza por valores como honra e disciplina de forma bastante forte. No Brasil, ao contrário de muitos países, o Rugby é amador, praticamente sem espaço em jornais, TV ou em outros canais de divulgação.

Conhecido como “o gigante adormecido” por seus belos resultados em condi-ções precárias de treinamento, o Rugby brasileiro espera que os patrocínios apareçam e com a ajuda desses “militantes” da causa o Rugby só tem a cres-cer. Enquanto isso “o gigante adormecido” não escuta o despertador tocar e continua dormindo.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Fiquem atentos aos sinais de fumaça!

Quando você menos esperar, numa tarde de sábado, domingo, ou até em meio a uma grande celebração cultural, vocês podem trombar com eles...

Certo dia eu estava trabalhando, quando soube de uma coisa que, juro, me empolgou demais. O Hierofante Púrpura, “bando” dos meliantes: Danilo Sevali, Gabriel Lima e Hugo Falcão, iria tocar na Avenida Paulista. Mais precisamente na esquina com a rua Augusta. A Banda tocaria junto com os caras do INI, em mais uma ação do Projeto Guerrilha Gerador. Pensei comigo mesmo: genial! Iria fácil se morasse na capital. E assim procurei saber mais do que se tratava esse projeto...

Projeto esse que exprimi todo aquele discurso de “Faça você mesmo” que agente vem ouvindo falar ha muito tempo. Hoje em dia, os espaços para as bandas autorais são cada vez mais limitados, se comparado com a demanda de bandas existentes, e, por isso, cada vez mais soluções vêm aparecendo, criando e recriando saídas para que as bandas possam mostrar seu trabalho.

No começo de 2009, em Sorocaba, um grupo de 10 pessoas juntou uma grana com a ideia de comprar geradores e, assim, fazer as bandas tocarem aonde quer que seja.

A primeira a parição dos geradores foi no mesmo ano, no festival Grito Rock, e a partir daí a coisa não parou mais. Atualmente, o pessoal que comprou os geradores se juntou com uma galera que já estava envolvida com rock independente em Sorocaba e formaram a Rasgada Coletiva. Esse projeto nasce para movimentar a cena rock sorocabana, criando espaços e fazendo com que bandas do Brasil todo participem.

Eles já passaram por vários bairros de Sorocaba, já rolou na Avenida Paulista e na Pinacoteca, agora, se você não viu e quer sacar qual é a desses malucos que tocam na rua, eu aconselho a irem para a Virada Cultural do Interior. O evento acontece nos dias 22 e 23 de Maio, ou em Mogi das cruzes, na Av. Cívica - ao lado do Ginásio Municipal - ou em São Jose dos campos, no Parque da cidade.

Fica a dica: Mogi(22/5)por volta de 1h ou 2hrs da madrugada
São Jose dos campos(23/05)por volta das 14h ou 15hrs

 Projeto Guerrilha Gerador


Projeto Guerrilha Gerador - Hierofante Púrpura e INI no Éden from Danilo Sevali on Vimeo.









Fotos
Algumas fotos do projeto pelo ótimo Gabriel Colambara
http://www.flickr.com/photos/gabrielcolombara









Coloquem uma roupa bem bonita e fiquem atentos com os sinais de fumaça!
"Seja marginal, Seja heroi!" 

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Usted, Speak Português?

Muitas pessoas discutem se o rock deve ou não ser cantado em português, essa discussão vai longe, ainda mais se estivermos tomando umas e outras na mesa do bar... Mas o fato é que EU, como apreciador e "pesquisador" de música  que sou, que cresci ouvindo bandas com a temática, em sua maioria na língua inglesa, acredito que se as pessoas forem generalizar ou consumir a música feita pelas bandas que estão no aclamado "mainstream" hoje em dia (que uma ou outra são boas), elas serão produtos de manipulação em massa. Assim "engolindo tudo o que eles servem para gente comer"


Hoje em dia as pessoas não estão muito preocupadas se é em inglês, português ou em mandarim, "a pressa me atrasa, preciso correr", já diria o Gigante animal ótima banda paulistana que descreve, com suas letras trabalhadas e melodias harmoniosas, o cotidiano. Sem subestimar quem escuta suas canções. 

Ao contrario do antigo ritual de ouvir o CD na integra, analisando as letras e criando um vínculo com a banda, a maior parte das pessoas usam do senso comum e acaba sendo atraída por seres de calças coloridas e cabelos toscamente estilizados, que, a meu ver, não pode ser nem chamado de rock. Com isso perde o melhor que a música brasileira pode lhe oferecer, em bandas como: La carne, Hierofante Púrpura, Supercordas, Nação Zumbi,  Quarto negro, Alarde, Cabana café, INI que, ao contrário das bandas abraçadas pela mídia, fazem um som com temáticas verdadeiras e contestadoras. Como diriam alguns amigos "música pra derruba da bicicleta". 



Das bandas que eu mais gosto que cantam em português!


La carne

Hierofante Púrpura


Quarto Negro 





 Cabana Café






O fato dessas bandas não terem o apoio da grande mídia não as desanima, pelo contrário....

Não usem o senso comum, vamos contra a corrente!



 "to te confundindo para te esclarecer"